MECANISMOS EVOLUTIVOS DOS MAMÍFEROS
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Imagem 1 - Representação da grande diversidade dos mamíferos - http://visual.merriam-webster.com/animal-kingdom/ungulate-mammals/examples-ungulate-mammals_6.php |
Os
mamíferos possuem características morfo-fisiológicas peculiares que os permitem
habitar diversos ambientes. Todas essas características são resultados de
inúmeras adaptações ao longo de processos evolutivos que favoreceram a sua
sobrevivência e reprodução ao ambiente em que habitavam/habitam.
Dentre
os mecanismos adaptativos apresentados pelos mamíferos estão a presença de
pelos, dependendo do animal, revestindo todo o copo. Os pelos podem desempenhar
várias funções dentre as quais destaco a de camuflagem (REIS, et al.2006) apresentada por alguns animais, uma vez que exibem coloração
semelhante à do ambiente. Outra função importante dessas estruturas é auxiliar
na termorregulação, pois mantém uma camada de ar em torno da pele reduzindo a
perda de calor, ou seja, se constitui como um isolante térmico para o organismo.
Os pelos originam-se a partir de células dérmicas e são reforçados por queratina,
cobrindo parte ou grande parte de seus corpos (REIS, et al. 2006).
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Imagem 2 - Detalhe da formação dos pelos - http://mamiferosbrasileiros.blogspot.com.br/2010/10/pelos-inconfundiveis.html |
A perda e
calor latente evaporativo, através das glândulas sudoríparas, é um dos
mecanismos de adaptação apresentados por alguns mamíferos ao estresse em
ambientes quentes, quando um animal é submetido a altas temperaturas, ocorre um
aumento da circulação sanguínea para epiderme, proporcionando uma quantidade
adicional de matéria-prima para as glândulas sudoríparas e estimulando a sua
ação (BRIDI, 2004).
Algumas
espécies de mamíferos são gregárias apenas no período reprodutivo, no qual a
mãe e seus filhotes permanecem juntos até que eles adquiram independência
necessária à sobrevivência. Essa independência é determinada pelo desmame e
pelo desenvolvimento de habilidades de captura de alimentos (REIS, et al. 2006).
Para muitas espécies de mamíferos,
como os das ordens Carnivora e Primates, o período de convivência com os pais é
também aquele de aprendizagem. Isso ocorre, graças ao Sistema Nervoso Central
(SNC) e seus componentes sensoriais, que tiveram a complexidade e o tamanho
aumentado durante todo o processo evolutivo. Esse desenvolvimento proporcionou
uma rede de células nervosas mais ramificadas e eficientes, fazendo com que os
cinco sentidos (visão, olfato, tato, gustação e audição), se diferenciassem aos
de outros vertebrados quanto à eficiência (POUGH, et al., 1993, apud REIS, et al. 2006).
As redes
de células nervosas mencionadas anteriormente são os neurônios, as células
musculares e as células sensoriais, que são células que se intercomunicam
utilizando basicamente uma “linguagem elétrica” resultando em alterações do potencial
de membrana. Estas células são caracterizadas por serem células altamente
excitáveis [3].
Referências:
BRIDI, M.
A., Adaptação e Aclimatação Animal. Revista
Brasileira de Zootecnia. 2004.
REIS R.
dos R., PERACCHI A. L., PEDRO, W. A., LIMA, I. P., Mamíferos do Brasil. Londrina, 2006. 437p.
[3] http://www.sogab.com.br/tecidonervoso.pdf
(Acessado no dia 09 de setembro)
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