sábado, 28 de setembro de 2013

Compreendendo o sistema nervoso

Iniciaremos este blog com a explanação sobre o cerne da fisiologia animal, COMO FUNCIONA O SISTEMA NERVOSO?

 O Sistema Nervoso (SN) é o grande responsável pela coordenação e integração dos outros sistemas, capacitando o organismo a perceber as variações do meio interno e externo, produzindo e executando as respostas adequadas para que seja mantido a homeostase, ou seja, o equilíbrio interno.  A unidade básica do SN são os neurônios, e são responsáveis pela captação e transmissão dos estímulos do meio. 

Imagem 1 - Esquema da estrutura de um neurônio
http://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/

Estas informações são transmitidas através da combinação de sinais elétricos e químicos, sendo os neurônios sustentados, protegidos e nutridos pelas células da glia. O sistema nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). O primeiro é formado pelo Encéfalo e pela medula espinhal e o segundo é constituído pelas terminações nervosas, gânglios e nervos.
Segundo Soares e Moreira (2007) quando o SNC funciona normalmente os neurônios se comunicam entre si e transmitem seu potencial de ação (ou seja, são capazes de alterar transitoriamente a diferença de potencial elétrico da membrana). Esta comunicação ocorre graças à estruturas especializadas denominadas de sinapse, sendo que podem existir dois tipos de sinapses: as elétricas e as químicas.
Nas primeiras, a transmissão do impulso dá-se pela passagem da corrente elétrica entre duas células através de estruturas chamadas junções de hiato, sendo a ocorrência desta em menor número nos organismos. Nas sinapses químicas (estas ocorrem em maior número), a liberação do impulso ocorre a partir da libertação, por uma célula pré-sináptica, de uma substância química chamada neurotransmissor (NT) que após ligar-se à célula pós-sináptica vai alterar o seu potencial de membrana (SOARES e MOREIRA, 2007).

Imagem 2 - Esquema mostrando o potencial de ação
http://www.uff.br/WebQuest/pdf/ionico.htm


            A mudança do potencial de membrana, na célula pós-sináptica, pode ser excitatória ou inibitória, isso depende do neurotransmissor que foi liberado do terminal nervoso pré-sináptico. Quando o neurotransmissor é excitatório, despolariza a célula pós-sináptica, ou seja, a célula sai do seu estado de repouso com a entrada de sódio (Na+); quando o neurotransmissor é inibitório hiperpolariza a célula pós-sináptica, ou seja, ocorre a entrada excessiva de sódio (Na+) (LINDA, 2010). 

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/3089/49196_Polarizacao%20e%20despolarizacao%20da%20membrana.swf?sequence=4 

Referências:
LINDA S. CONSTANZO. Fisiologia . Guanabara Kogan, Rj 1995.
SOARES, J. B., MOREIRA, A. L. Neurotransmissores. Faculdade de Medicina Universidade do Porto. Ano letivo 2006/2007.